Implantação de órgãos e tecidos é algo novo na ciência. Não é o primeiro dia que existem os chamados conjuntos corticais. Estes são organoides de células cerebrais artificialmente crescidos, que são, na verdade, "um pedaço do cérebro em miniatura". Eles são usados, por exemplo, para estudar a esquizofrenia. Mas recentemente um experimento sem precedentes foi realizado, durante o qual tal "cérebro em miniatura" foi implantado por camundongos.
O roedor experimental, neste caso, agiu como um "doador" de sangue e nutrientes para um cérebro pequeno. Vale a pena notar que os organelos cerebrais artificiais existiam antes, mas eles viveram neste laboratório com menos de 5 semanas. Durante o experimento atual, esse número foi aumentado para 233 dias. Além disso, essas células cresceram e se desenvolveram e, após cerca de 50 dias, cerca de 80% dos tecidos implantados conseguiram criar raízes com sucesso. Mas isso não é tudo: recebendo sangue e nutrientes, as organelas começaram a produzir novos neurônios, incluindo algumas células cerebrais altamente especializadas.
Como já mencionado, os organoides cerebrais são usados principalmente para o diagnóstico de esquizofrenia, mas essa tecnologia pode ser usada para outras tarefas. Por exemplo, será possível criar conjuntos corticais para pessoas com lesões cerebrais ou problemas de desenvolvimento do tecido cerebral e transplantar "partes faltantes".
Alguém pode ter uma pergunta: as células humanas não afetaram a consciência do camundongo? Os cientistas afirmam que não. O comportamento dos camundongos com o implante não diferiu do comportamento de roedores comuns e, enquanto realizavam o teste de memória, alguns indivíduos cometeram menos erros, mas seus índices não diferiram muito dos de camundongos convencionais.
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